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“Um espaço essencial para a valorização dos técnicos de prótese dentária”

André Sousa, diretor do Laboratório de Prótese Dentária Trofa Saúde (Imagem: Trofa Saúde)

qui. 11 dezembro 2025

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A área da prótese dentária teve um papel central na primeira jornada do IV Congresso de Medicina Dentária Trofa Saúde, que decorreu a 17 de outubro, no Trofa Saúde Gaia, Vila Nova de Gaia, Portugal.

Para perceber melhor a importância deste bloco dedicado à prótese dentária, falámos com André Sousa, diretor do Laboratório de Prótese Dentária Trofa Saúde e um dos responsáveis pela integração destes conteúdos no programa do congresso.

Qual foi a principal motivação para integrar um bloco específico dedicado aos técnicos de prótese dentária no programa deste congresso?

A nossa principal motivação foi afirmar, de forma clara e objetiva, o compromisso do Grupo Trofa Saúde com a valorização de equipas verdadeiramente multidisciplinares, em que médicos dentistas e técnicos de prótese trabalham em sintonia. O técnico de prótese dentária não é um executante à margem do processo clínico, mas sim um coautor na reabilitação oral do paciente. A realização de um programa científico paralelo, exclusivamente dedicado aos técnicos, representa o reconhecimento dessa importância.

Os temas escolhidos refletem as tendências atuais do setor?

Sem dúvida. Os temas selecionados refletem os fluxos e materiais mais relevantes no presente e futuro próximo da prótese dentária. Foram escolhidos com base em três critérios principais: tendência tecnológica e científica, aplicabilidade prática no contexto laboratorial e capacidade de promover integração com o trabalho clínico diário. Pretendemos colmatar a distância que existe entre a inovação digital e a sua aplicação concreta nos laboratórios, bem como reforçar a importância da atualização constante dos técnicos.

Quais são, no seu entender, as inovações mais relevantes para os técnicos neste momento?

Destacaria três eixos centrais: a consolidação do fluxo digital completo (da planificação clínica à produção laboratorial), a utilização de materiais como zircónia monolítica e resinas otimizadas para impressão 3D e a crescente exigência de eficiência com previsibilidade e reprodutibilidade estética e funcional, o que obriga o técnico a dominar mais do que a execução – tem de entender o raciocínio clínico.

Que impacto espera que estas sessões tenham?

Acreditamos que estas sessões, além de formativas, são também inspiradoras. Geram comparação saudável, fomentam a partilha de experiências e aproximam os técnicos da investigação e da inovação. Isso traduz-se em melhores resultados para o paciente, maior alinhamento com o clínico e maior motivação interna das equipas.

De que forma o congresso contribui para a valorização da profissão?

Ao colocarmos os técnicos de prótese no centro de um congresso nacional, com salas cheias, temas de vanguarda e oradores de referência, estamos a enviar uma mensagem inequívoca: o futuro da medicina dentária é colaborativo. Queremos inspirar técnicos a evoluírem, laboratórios a posicionarem-se como centros de excelência e, acima de tudo, elevar o estatuto da profissão no panorama nacional.

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