Raquel Zita Dental Clinic, um espaço no Porto que reúne clín

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Raquel Zita Dental Clinic, um espaço no Porto que reúne clínica e formação

Inaugurado a 2 de dezembro, a Raquel Zita Dental Clinic é um espaço multifuncional, localizado no Campo Alegre, no Porto.

qui. 4 abril 2024

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Com uma carreira de mais de duas décadas, alicerçada de “forma independente”, o final de 2023 trouxe uma prenda antecipada para profissionais, familiares e amigos. Inaugurado a 2 de dezembro, a Raquel Zita Dental Clinic é um espaço multifuncional, que reúne num só local várias valências, entre elas a Follow the Red Academy, num novo ponto de encontro entre dedicação, diferenciação, profissionalismo, proximidade e oportunidades.

Este projeto é o reflexo de várias experiências enquanto profissional nos últimos anos?
O objetivo de construir esta clínica é também começar a trazer pessoas de fora para dentro. Uma das coisas que acho que me ajudou bastante foi começar a expor o meu trabalho em grupos profissionais, ou seja, às vezes o nosso trabalho é equivalente a nós, porque não adianta ter o título X, Y e Z e depois, na prática, não mostrar qualquer coisa diferente das outras pessoas. Sou muito aventureira nesse aspeto, gosto muito de inovar, de aplicar coisas diferentes, de tentar caminhos diferentes, tenho um bocado essa personalidade de tentar sempre mais. Comecei a fazer muitas coisas a nível internacional, fui a mais de 35 países nestes últimos nove anos. Em alguns países, estamos a falar de cinco ou seis cidades, portanto tem sido desafiante. 

Que necessidades vai cobrir este novo espaço?
Vamos ter todas as especialidades, inclusivamente a parte de estética facial. Temos uma colega que tem formação europeia, específica, que faz também ortodontia. Temos endodontia, temos todas as áreas de oclusão. A parte de odontologia e cirurgia, obviamente, é o nosso forte, que é a minha área. Mas temos pessoas altamente diferenciadas noutras áreas, muito técnicas, ou seja, obriga a pessoa a estar muito focada. Porque, atualmente, é impossível as pessoas fazerem tudo e fazerem bem. Temos aqui profissionais para cobrir todas as áreas. O diretor clínico tem de ser a pessoa que dá a cara, que faz a primeira consulta, que faz o diagnóstico. Eu faço a primeira consulta no mínimo de uma hora e meia. Começar a ter uma boa primeira consulta, uma boa anamnese, uma boa história clínica, desde gânglios, a palpar músculos, articulações, ver tudo, tecidos móveis. Nós somos médicos dentistas. Temos um curso de seis anos. As pessoas realmente valorizam esse contacto, esse cuidado de ver o paciente como um todo.  

 

O objetivo de ter um espaço tão grande é ter profissionais altamente diferenciados

 

Podemos dizer que a Raquel Zita Dental Clinic vai abrir portas para outras pessoas mais jovens?
Para mim é muito importante essa questão, mais do que a questão só científica, de dar um exemplo para as novas gerações, principalmente para as colegas femininas mais novas, porque não há grandes exemplos. Sendo eu uma mulher numa área que é basicamente dominada por homens, para se abrirem as portas foi difícil. Eu era muito jovem, parecia ainda mais jovem, as pessoas olhavam para mim e viam uma miúda, não é? A nível mundial as pessoas fazem palestras de forma rotineira. Primeiro tenho de construir o nome e, para construir o nome, se não tiver conexões, que eu não tinha, demora o seu tempo. Fiz o meu caminho de forma independente, mas agora já começo a ter muito mais visibilidade de fora, as pessoas cá dentro comecem a dar realmente mais visibilidade.  

A abertura da academia, com a formação, também vai nesse sentido?
Eu queria começar a viajar menos, trazer mais pessoas cá. Havia alturas que viajava imenso, mas era difícil conciliar tudo…uma clínica que dependia só de mim, tinha algumas pessoas a ajudar, mas era eu. Só tinha um gabinete, não tinha outra clínica. Tinha outros colegas que iam lá nos dias em que eu não estava, mas nunca tinha alguém a trabalhar em simultâneo comigo, portanto não foi fácil. As pessoas têm de dar o litro para as coisas acontecerem. E, realmente, eu tenho uma equipa muito pequenina, mas muito eficaz. Os meus assistentes são fabulosos, eu delego imensa coisa, o meu marido ajuda-me imenso. Os colegas que trabalham comigo também seguem muito a minha filosofia, a minha forma de estar. Funcionamos assim como uma equipa muito bem oleada. O objetivo de ter um espaço tão grande é ter profissionais altamente diferenciados, tão ou mais diferenciadas que eu, para que as pessoas se sintam confortáveis. O dia só tem 24 horas. Eu tive de começar a delegar. As pessoas devem sentir que há uma supervisão, e isso é um papel de uma diretora clínica.  

Nota editorial:

Leia a entrevista completa na nova edição do Dental Tribune Portugal.

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