O médico dentista Pedro Costa Monteiro antecipa mudanças profundas na ortodontia, impulsionadas pelos alinhadores dentários e pela inteligência artificial.
Em entrevista, Pedro Costa Monteiro partilha tendências, conselhos para os mais jovens e a filosofia que guia a sua vida profissional e pessoal.
Que tendências, desafios ou oportunidades acredita que irão marcar a ortodontia?
O mundo dos alinhadores dentários está a crescer exponencialmente, mas, neste momento, 70% do mercado mundial ainda se restringe aos brackets. Existe um universo enorme por explorar. Acredito que, nos próximos cinco anos, o mercado de brackets ficará reduzido a 10 ou 20%. Não pelos ortodontistas, mas pelos pacientes. Os pacientes exigem alinhadores. Irão surgir, certamente, mais marcas de alinhadores e as que não têm qualidade acabarão por desaparecer.
Há uma outra tendência que está a mudar o mundo, e também a ortodontia: a inteligência artificial. Atualmente, usamos programas no consultório que incorporam a inteligência artificial, desde o planeamento até ao diagnóstico. Acho que, dentro de muito pouco tempo, as profissões, tal como as conhecemos, irão desaparecer. O que vai manter as pessoas nas clínicas e nas empresas é o contacto físico, a experiência, os sentimentos, coisas que a inteligência artificial ainda não consegue fazer. Dou sempre o exemplo de um amigo francês que criou uma empresa de diagnóstico de cancro da mama através da inteligência artificial. Basicamente, a inteligência artificial faz a leitura da mamografia e deteta células cancerígenas que à visão humana seriam absolutamente impossíveis de detetar. E isso vai-se aplicar a todas as áreas da medicina, nomeadamente à medicina dentária. Acho que vai haver computadores a diagnosticar muito melhor do que qualquer ortodontista. E, portanto, teremos de nos adaptar a isso.
Tal como os pacientes terão que se adaptar ao uso exclusivo de alinhadores. Costumo comparar a aposta nos alinhadores dentários com o crescimento do mercado de carros elétricos. Não sou um amante de carros elétricos, mas sei que mais cedo ou mais tarde vou ter um carro elétrico, toda a gente vai ter, será algo global. E com os alinhadores vai acontecer o mesmo, as pessoas vão deixar de usar metal na boca.
Que palavras gostaria de deixar aos colegas que estão a iniciar-se nesta profissão?
Pode ser um pouco chocante aquilo que vou dizer, mas, tendo em conta a globalização em que vivemos, a facilidade com que hoje é possível viajar e trabalhar em sítios diferentes, aconselho os mais jovens a não se fecharem no nosso país. Invistam na formação cá, pois acho que o ensino de ortodontia em Portugal é muito bom, nomeadamente as pós-graduações universitárias, e deem depois o salto para o mundo. Não se fecharem aqui é a melhor recomendação que posso dar.
Quais são as suas maiores motivações fora do consultório?
Eu sigo um lema há mais de 10 anos: todos os dias tenho de fazer alguma coisa que me deixe feliz. Isso, para mim, é essencial. Pode ser dar um beijo à minha filha, tomar café com um amigo, ler um bom livro, fazer exercício físico… tenho muita obsessão pelo corpo e pelo bem-estar, não tanto pela parte estética, mas pela parte funcional e de saúde. Eu treino todos os dias às seis da manhã, sou muito focado. E esse foco traz-me muitos benefícios, porque ensina-me que, se formos focados no dia a dia, mais cedo ou mais tarde teremos a recompensa na profissão, e não só. Apesar de me considerar um workaholic, o trabalho não é o meu core. O meu core é ser feliz todos os dias.
A entrevista completa está disponível na revista DentalPro 185.
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