Um novo estudo da Universidade de Bristol concluiu que muitos procedimentos comuns da medicina dentária produzem volumes insignificantes de aerossóis, o que revela o baixo risco de transmissão do Sars-CoV-2.
O estudo, que os investigadores afirmam ser o maior em relação a este tema, ainda está para ser revisto pelos pares. No entanto, segundo os autores, os resultados sugerem que o nível de risco associado à utilização de instrumentos ultrassónicos poderia ser reduzido.
“Um dos desafios na investigação do aerossol é separar o aerossol contaminado pela saliva da fonte não salivar de instrumentos contaminados”, escreveram os autores. Os investigadores explicam que existem três possíveis fontes de aerossol durante os procedimentos dentários:
- o aerossol gerado pelo paciente – durante a fala ou tosse, por exemplo – pode ser infecioso;
- o aerossol gerado por instrumentos dentários – não é considerado infecioso;
- o aerossol contaminado com saliva gerado pelo uso de um instrumento na boca de um paciente infetado – que pode ser infecioso.
Um total de 41 pacientes submeteram-se a 15 procedimentos periodontais, cirúrgicos orais e ortodônticos diferentes, sendo cada um capturado através de protocolos com carimbo temporal. Nenhum aerossol foi detetado em nove dos 41 procedimentos e apenas seis procedimentos geraram um volume de aerossol que foi detetável acima dos níveis de fundo.
Resultados em detalhe
“O exame com sonda dentária, escamação manual de tártaro, procedimento de anestesia local, extração de rotina (com pinças e/ou luxadores), enxertos de tecido mole, remoção de suporte ortodôntico, impressão dental de alginato, procedimento com seringa três-em-um só com água e sutura não gerou aerossol detetável e não parece representar um risco de transmissão aerossol”, lê-se no estudo.
“Para os outros seis procedimentos em que o aerossol foi detetado, a percentagem do tempo total de procedimento em que o aerossol foi observado foi de 12,7% para a limpeza ultrassónica, 19,9% para seringa três-em-um só com ar, 42,9% para seringa três-em-um com ar e água, 28,6% para perfuração de alta velocidade, 32,9% para perfuração em velocidade lenta e 35,8% para perfuração cirúrgica.”
Num comunicado de imprensa da Universidade de Bristol, os autores explicam ter descoberto que um instrumento ultrassónico produz um volume aerossol significativamente mais baixo do que uma broca dentária de alta velocidade, apesar dos dois instrumentos exigirem atualmente as mesmas precauções. “Além disso, o aerossol produzido durante o procedimento de limpeza ultrassónica foi consistente com o aerossol limpo produzido a partir do próprio instrumento e não mostrou aerossol adicional que poderia potencialmente espalhar covid-19.”
Um dos autores, Tom Dudding, afirmou, citado no comunicado, que o estudo “confirma que grande parte das orientações em torno dos procedimentos dentários considerados como de baixo risco de propagação da covid-19 está correta, mas sugere que o instrumento ultrassónico pode ser visto como um risco inferior ao que é atualmente.”
O investigador acrescentou que as conclusões do estudo podem defender uma redução das medidas de precaução que foram implementadas durante a pandemia e, assim, permitir a expansão da terapia dentária.
O estudo, intitulado “A clinical observational analysis of aerosol emissions from dental procedures”, foi publicado online a 12 de junho de 2021 em medRxiv.org.
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