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FMUC e Município de Ferreira do Zêzere juntos na promoção da saúde oral

Saúde Oral nas crianças (Foto: Hatice EROL, Pixabay)

sex. 3 junho 2022

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A Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) e o Município de Ferreira do Zêzere lançaram um Programa de Promoção da Saúde Oral de grávidas, crianças e jovens no município. Numa primeira fase o programa destina-se a grávidas e à população pré-escolar e do 1º Ciclo do concelho de Ferreira do Zêzere.

A Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) e o Município de Ferreira do Zêzere assinaram um protocolo de cooperação que visa a implementação de um Programa Municipal de Promoção da Saúde Oral de grávidas, crianças e jovens no município.

Destinado a grávidas e à população pré-escolar e do 1º ciclo do concelho de Ferreira do Zêzere, o programa inclui ações de literacia para a saúde com distribuição de materiais de divulgação e promoção oral, identificação de problemas de saúde oral e a possibilidade de encaminhamento de grávidas, crianças e jovens para as consultas realizadas no âmbito das aulas de prática clínica do mestrado integrado de medicina dentária da FMUC.

Dados do terceiro estudo nacional de prevalência de doenças orais revelam que 45% das crianças portuguesas têm cárie dentária, uma realidade que para Ana Luísa Costa, professora de medicina dentária da FMUC não deve ser negligenciada: “é fundamental promover uma maior intervenção junto da comunidade escolar, sobretudo no ensino pré-escolar e no 1º ciclo do ensino básico”.

No que toca à saúde oral na gravidez, a especialista em odontopediatria considera que “a vigilância e prevenção de problemas orais nesta fase é fundamental para garantir um bom desenvolvimento da gestação e do parto, uma vez que as patologias orais e as patologias sistémicas estão estritamente relacionadas e interrelacionam-se mutuamente”. Segundo a especialista “a intervenção junto das grávidas, no contexto dos cuidados de saúde primários, é uma das formas mais eficazes de prevenir, diagnosticar e tratar problemas de saúde oral durante a gestação e prevenir potenciais complicações passiveis de ocorrer no bebé”.

Este é um protocolo que pressupõe, ainda, a implementação de políticas de intervenção sanitária, as quais devem ser baseadas numa estratégia concertada de literacia e promoção do conhecimento, tendo sempre em vista a intervenção humana especializada e dedicada, bem como a distribuição de materiais e instrumentos que permitam implementar boas práticas de forma continuada e ciclicamente reforçadas.

Para Carlos Robalo Cordeiro, diretor da FMUC, “as patologias orais, altamente prevalentes em crianças e adultos, possuem enorme influência ambiental e comportamental e são, genericamente, preveníveis desde idade precoce. Neste sentido, esta iniciativa acaba por refletir aquilo que é a nossa missão enquanto instituição ligada à formação e promoção da prevenção de doenças, a qual passa por uma clara aposta na literacia em saúde através de uma estreita relação com a sociedade civil”.

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