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Empresa portuguesa disponibiliza máscara para doentes com dificuldades de deglutição

Máscara para doentes com dificuldades de deglutição (Foto: Univeridade do Porto)

qua. 6 abril 2022

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A empresa portuguesa Simoldes decidiu colocar no mercado a máscara que investigadores das Faculdades de Medicina e de Engenharia da Universidade do Porto (U.Porto) desenvolveram há um ano para proteger doentes com dificuldades de deglutição, foi agora divulgado.

“É um equipamento particularmente útil para hospitais e lares, sobretudo nos casos de população idosa que esteja institucionalizada ou internada e que, durante o período das refeições, possa ingerir os seus alimentos tendo a máscara colocada”, explica o investigador do Laboratório de Biomecânica do Porto (LABIOMEP) e professor na Faculdade de Medicina, José Manuel Amarante, citado na informação enviada à agência Lusa.

Em causa está uma máscara que tem como intuito servir como equipamento de proteção individual em diferentes situações, nomeadamente nos casos de doentes que apresentam disfagia ou alterações da motricidade oral após a ocorrência de um acidente vascular cerebral (AVC), entre outras patologias.
Esta máscara foi desenvolvida por uma equipa de investigadores das Faculdades de Medicina (FMUP) e Engenharia (FEUP) da Universidade do Porto, em colaboração com o Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga.

Criado e apresentado um protótipo, um ano depois esta máscara será desenvolvida e colocada no mercado pela Simoldes, uma empresa multinacional portuguesa que produz componentes de plástico para a área automóvel.

De acordo com o investigador do Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial (INEGI), Joaquim Gabriel Mendes, este equipamento está dividido em dois componentes: um superior fixo na testa e um inferior amovível, que permite o acesso à cavidade oral do paciente sem remover a máscara.
“Possui ainda a possibilidade de ser ligada a um sistema de aspiração”, explica o também professor da FEUP.

Segundo informação sobre o projeto enviada à Lusa, a investigação que resultou neste equipamento teve como base preocupações ligadas aos constrangimentos provocados pela pandemia da covid-19, uma realidade que se mantém atual, referem vários membros da equipa.

“Se olharmos um pouco para trás e tivermos em conta que, em 2002, tivemos o SARS-CoV-1, em 2012, o MERS-CoV e, em 2019, o SARS-CoV-2, percebemos que estamos a dar resposta a um problema que nos vai acompanhar no futuro”, refere a fisiatra do Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga e docente da Faculdade de Medicina Dentária da U.Porto (FMDUP) Catarina Aguiar Branco, que participou nos testes, monitorização e validação deste dispositivo.

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