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Dentistas “exigem” antecipação da idade de pensão por velhice

O SMD está a promover uma petição (Imagem: DR)

ter. 5 agosto 2025

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O SMD está a promover a petição “Regime especial de antecipação da idade de pensão por velhice para os médicos dentistas”, lei que pretende salvaguardar os interesses de todos os que exercem esta profissão.

Foi criada a petição “Regime especial de antecipação da idade de pensão por velhice para os médicos dentistas”, que salvaguarda os interesses de todos os que exercem medicina dentária.

De acordo com João Neto, presidente do Sindicato dos Médicos Dentistas (SMD) – entidade promotora da petição, trata-se de “um passo importante na defesa da nossa profissão e na valorização do nosso trabalho. Contamos com o vosso apoio na divulgação e subscrição desta iniciativa. Juntos, somos mais fortes!”.

No documento, disponibilizado recentemente online, pode ler-se: “Algumas profissões, devido à forte pressão, desgaste físico e emocional a que estão sujeitas, devem ser abrangidas por um regime especial de antecipação da idade de acesso à pensão de velhice, considerando os riscos e exigências associados ao seu exercício. Esta medida já é reconhecida e aplicada, em Portugal e noutros países, para profissões que apresentam fatores de risco cumulativos e crónicos. A profissão de médico dentista é, de forma inequivocamente demonstrada, uma dessas atividades de elevado desgaste físico e psíquico.

Embora, em Portugal, não tenha existido uma preocupação generalizada de realizar estudos analíticos aprofundados sobre os efeitos a longo prazo da prática clínica na saúde dos médicos dentistas, começam agora a reformar-se os primeiros profissionais formados em território nacional nos anos 1980. É possível constatar, de forma empírica e generalizada, um estado de saúde gravemente comprometido em muitos destes profissionais: com elevadas taxas de desgaste musculoesquelético, perturbações emocionais e stress crónico, muito superiores às verificadas noutras profissões. Este cenário, agora visível, confirma os alertas dados há décadas pela literatura científica internacional”.

Segundo um estudo da American Dental Association (ADA), publicado no Journal of the American Dental Association (JADA), “os médicos dentistas figuram entre as três profissões mais exigentes a nível musculoesquelético e psicológico, devido à postura clínica forçada e prolongada, à exposição constante a ambientes de pressão e à responsabilidade técnica envolvida no ato médico. (…)

Além disso, os médicos dentistas estão cronicamente expostos a agentes biológicos (vírus, bactérias, aerossóis contaminados); agentes químicos (materiais dentários, solventes, desinfetantes); radiações ionizantes (utilização frequente de imagiologia); ambientes emocionalmente desgastantes, com exigência de atendimento individual intensivo, riscos médico-legais e escasso apoio organizacional, sobretudo no setor privado.

Estes fatores integram os três critérios que fundamentam, de forma objetiva, o reconhecimento de profissões penosas: desgaste físico e químico (ergonomia, agentes tóxicos, radiações); penosidade mental e emocional (stress crónico, burnout, isolamento); insalubridade e risco ocupacional acumulado”.

Pode assinar a petição aqui.

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