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A empresa Medika MCN Tecnologia Medicinal S.A sediada em Santa Maria da Feira e fundada em 2016 pelo engenheiro Nuno Vasco Pinho Andrade “assume-se como uma referência na tecnologia da saúde, contribuindo continuamente para a melhoria dos cuidados de saúde”. A DentalTribune Portugal falou com Nuno Andrade sobre os cinco anos da empresa e nas novas apostas que estão a ser desenvolvidas, nomeadamente a nível da medicina dentária.
Foi precisamente há cinco anos que a Medika nasceu. O dia 6 de julho marcou o início de um projeto a solo que tem vindo a crescer e a estruturar-se pelas mãos de Nuno Andrade. Apesar de ter experiência anterior, por ter trabalhado desde cedo numa empresa de família ligada aos gases, Nuno Andrade decidiu seguir um caminho diferente e abrir o seu próprio negócio.
Com instalações também em Angola, Bissau, Freetown (Serra Leoa) e Turquia, a Medika fornece soluções para a saúde adequadas às necessidades das instituições em 57 áreas de intervenção que vão desde oftalmologia, à medicina forense, ou cirurgia torácica. No momento estão ainda a apostar na área da medicina dentária, medicina nuclear, cirurgia cardíaca e imagiologia (raio X, ressonâncias, TAC).
“Estamos agora a montar o nosso primeiro bloco cardíaco e também o primeiro centro de medicina nuclear, apostamos na imagem, raio X, ressonância, TAC, e na medicina dentária. Para a dentária já estamos a trabalhar também na contratação de dentistas, ligados aos materiais, ou seja, estamos a procurar dentistas que já tenham o conhecimento e a experiência, para saber qual o produto adequado, qual a recomendação a dar, quais são as novas formações, as tendências do mercado (…)”.
De acordo com Nuno Andrade, a Medika foi pensada para a saúde, mais precisamente para os “equipamentos médicos”, daí a aposta nas várias especialidades. A empresa adota uma filosofia orientada para o cliente, “procurando as melhores soluções para as suas necessidades específicas”. Disponibiliza os meios de diagnóstico laboratoriais e hospitalares e assegura assistência e formação ao cliente “no sentido de garantir a contínua melhoria da qualidade dos produtos e serviços”. Efetua ainda projetos especializados de engenharia e gestão hospitalar, “chave na mão”, com equipamentos, tecnologia e software de marcas internacionais.
Nuno Andrade refere que a empresa vai crescendo e vai-se estruturando à medida que são implementadas novas áreas de atuação: “estruturar a empresa para todas as áreas desde o início não é fácil, porque não conseguimos equipas suficientes, nem temos espaço suficiente. Vamos começar a fazer ampliações agora para ver se conseguimos, dentro de dois anos, ter uma estrutura uniforme, que dê por exemplo para montar um hospital completo, em todas as suas valências. Nós somos capazes de o fazer, temos todos os equipamentos, aliás já o fazemos, mas temos de recorrer a apoios externos, o que nos tira depois uma grande parte da rentabilidade do produto”, daí que a ideia seja apostar em várias áreas, mas “passo a passo”.
No que diz respeito aos vários países onde atua, a Medika tem mais facilidade de atuação em Portugal, visto que beneficia da proximidade aos restantes países europeus, que são os grandes fornecedores de material. Embora os países africanos sejam um desafio, e por vezes uma dificuldade Nuno Andrade vê nesse aspeto uma possibilidade de melhoria contínua: “em Portugal é fácil conseguir um produto de qualquer parte da Europa.
Se esgotou em Portugal, mandamos vir da Alemanha, de França e no dia seguinte está cá, não é crítico. Agora Angola, Serra Leoa, não! Nós temos de preparar as coisas com muita antecedência e seguramente 15 dias são necessários para pôr um produto lá com segurança. E são esses desafios que nos leva aqui a ter alguma dificuldade na parte logística, que claro temos de melhorar de dia para dia”.
Já relativamente ao futuro Nuno Andrade diz que é preciso “apostar em várias valências, aproveitar os ganhos passados, investir no crescimento da empresa, na sustentabilidade e pôr as pessoas certas a trabalhar”. Além disso, o administrador da empresa mencionou que estão a apostar na área dos materiais recondicionados, aproveitando os equipamentos antigos dos hospitais, que foram substituídos com a pandemia para os melhorar e fazer com que cheguem a países que não têm grande capacidade financeira.
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