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Médicos dentistas em protesto frente ao parlamento

Nem a chuva forte afastou os profissionais do protesto, convocado pelo SMD (Imagem:LUSA)

seg. 23 outubro 2023

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Cerca de meia centena de médicos dentistas estiveram concentrados na passada quinta-feira, 19 de outubro, em frente ao parlamento para exigir a criação da carreira especial de médico dentista no Serviço Nacional de Saúde e alertar para a precariedade vivida no setor. Nem a chuva forte que se fez sentir em todo o país afastou os profissionais do protesto, convocado pelo SMD.

Cerca de meia centena de médicos dentistas estiveram concentrados na passada quinta-feira, 19 de outubro, em frente ao parlamento para exigir a criação da carreira especial de médico dentista no Serviço Nacional de Saúde e alertar para a precariedade vivida no setor. Nem a chuva forte que se fez sentir em todo o país afastou os profissionais do protesto, convocado pelo Sindicato dos Médicos Dentistas (SMD) devido “à espiral de desvalorização da classe”. 

Os manifestantes seguravam com uma mão o chapéu-de-chuva e com a outra uma faixa com a inscrição: “Excesso de médicos dentistas em Portugal. Há médicos dentistas a passar fome”. As reivindicações dos dentistas também estiveram expostas nas faixas colocadas sobre as baias colocadas à frente das escadarias da Assembleia da República, onde se pode ler: “Médicos dentistas do SNS não têm enquadramento legal. Cansados de promessas queremos carreiras” ou “O cheque dentista não resolve os problemas da saúde oral. Benefício social à custa dos médicos dentistas”. 

Os médicos dentistas alertam que Portugal tem mais do dobro dos profissionais recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e simultaneamente tem “um dos piores índices de saúde oral da União Europeia”. Os profissionais reivindicam também a regulamentação dos Planos de Saúde, a reformulação dos cheques dentista, “a redução imediata dos ‘numerus clausus’” e “impedir a abertura de mais um curso de medicina dentária”. 

“O rácio de 800 habitantes para cada médico dentista passará, em 2025, para 650 habitantes para cada médico dentista, o que é manifestamente exagerado e nefasto quer para a profissão quer para a classe que atravessa a maior crise laboral, desde que existe em Portugal”, salienta o sindicato. 

Fonte: LUSA

 

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