O Dental Tribune Portugal foi conhecer o conceito “Dental Medicine Experience”, num workflow 100% digital, oferecendo um “tratamento inovador com máxima previsibilidade”.
O Dr. Cassis Clay, CEO do Grupo OraPlan e diretor clínico das Clínicas OralPlan, é médico dentista com mais de 20 anos de experiência a exercer. Mestre em implantologia, é também um dos mentores do projeto de investigação e desenvolvimento do UNIX. Das Caldas da Rainha para o mundo, o projeto da OralPlan passa por cimentar a sua posição diferenciadora, com planos para uma rede mais extensiva de clínicas.
O que é que a OralPlan entende por Dental Medicine Experience?
A principal experiência que tenho com o digital é poupar tempo e, depois, cabe-me a mim saber o que fazer com ele. Quando transportamos isso para a parte profissional, com a Dental Medicine Experience, estamos a falar desde a nossa receção, ao paciente e ao profissional, em consequência ao técnico de prótese, estamos a falar de um circuito, uma rede interligada que se traduz na poupança de tempo para todos. Temos de conseguir poupar e saber investir esse tempo. A Dental Medicine Experience é saber como utilizar todas essas ferramentas dentro da medicina dentária e propor isto para todos esses intervenientes, que são: o staff clínico, o paciente e o laboratório. Quando conseguimos integrar isso, então temos uma verdadeira eficiência e uma experiência baseada naquilo que o digital propõe, não sendo só para nós, mas proposto para o mundo. Afinal, enquanto cidadão comum, conecto-me assim que acordo até que vou dormir. É essa a minha base de desenvolvimento: integrar todas as ferramentas digitais às quais hoje temos acesso e criámos internamente em prol de uma melhoria do tempo em comum.
Como é que a OralPlan se posiciona no setor? De forma digital?
Essencialmente digital. Ser um profissional digital é entender que a atração do paciente determina a sua ação clínica. Atualmente, o pensamento do médico no digital tem de ser tridimensional na premissa já referida. Como é que atraio, vendo, executo, pré-executo o trabalho, fabrico a peça - falando no sentido da prótese, dos alinhadores - instalo essa peça no meu paciente, entrego esse trabalho e faço um circuito de manutenção ou de pós-venda do trabalho que fiz, garantindo que aquele paciente que veio fazer um tratamento comigo seja um eterno porta-voz do bom trabalho que executamos. Ser um profissional no mundo digital é pensar nesse circuito e não só na sua parte técnica, que também não deixa de ser muito importante. A OralPlan conta com uma equipa que tem uma cultura baseada num forte posicionamento técnico das atividades que executamos dentro das áreas em comum, como o marketing, as estratégias de venda, o diagnóstico, o desenvolvimento, assim como essa conexão com a prótese dentária. Aliás, criamos uma maneira diferente de ver a medicina dentária, com quatro unidades de negócio: prótese fixa sobre dentes e implantes, implantologia, prevenção oral e ortodontia. É claro que outras áreas, como a endodontia, a periodontologia e as demais, estão também aqui integradas. Mas essas quatro são pilares da formação, da gestão de vendas, do marketing e do desenvolvimento.
O digital não é ter um equipamento, é entender um circuito que envolve essa estrutura. Esse circuito está envolvido nos quatro grandes pilares que comandam a atividade: o paciente, a indústria, o técnico de prótese dentária e o médico.
Esse é o vosso diferencial?
O diferencial da OralPlan é que olhamos para o mundo digital e sintonizamo-nos com ele. Mas o digital não é ter um equipamento, é entender um circuito que envolve essa estrutura. Esse circuito está envolvido nos quatro grandes pilares que comandam a atividade: o paciente, a indústria, o técnico de prótese dentária e o médico. A nossa mudança é dinâmica, todos estão integrados num protocolo de trabalho fechado em que conseguimos levar um tratamento baseado em cinco princípios concetuais que deverão ser captados pelo médico: 1º D.V.O., 2º Referências Estéticas, 3º Corredor Oral, 4º Suporte Labial e 5º Plano Oclusal. Essas mesmas referências deverão ser enviadas em conjunto num único pack de informação ao técnico de prótese, garantindo ao mesmo previsibilidade das informações. Essa conexão com o técnico dar-lhe-á a possibilidade de entregar ao médico trabalhos com alta precisão e acertos, de forma que poupemos 40% do tempo total das reabilitações orais. Há duas coisas que destroem o negócio, a primeira é o prolongamento de uma tarefa e a segunda é a repetição da mesma. Percebemos que, para unificar a proposta, temos de ter protocolos e processos, caso contrário, as fases de trabalho de cada um são diferentes, onde as tarefas teriam datas diferentes de entrega. Por isso, com este nosso método de cinco passos, aliado às ferramentas digitais, conseguimos ter uma linguagem unificada entre todos os médicos, bem como uma frequência de comunicação previsível com o laboratório. Então, não temos apenas um negócio, mas sim uma clínica digital, onde há precisão e a previsibilidade, que nos dão métricas assertivas para o negócio de escala no futuro. Aprofundamos esta temática e ainda hoje estamos a lapidar todos esses caminhos para que estes dois fatores, o prolongamento da tarefa e a repetição, sejam minimizados cada vez mais. Hoje, o digital dá-nos essa vantagem. Mas é um caminho que vem do passado para o presente…Quando falamos no digital, voltamos a falar de duas palavras que comandam esta atividade: precisão e previsibilidade. O dentista entrega informações muito previsíveis através do digital e o técnico entrega peças precisas. É assim que conseguimos poupar tempo. O colega realmente vem com o seu conhecimento, que é muito importante ter, mas o que temos de reposicionar é a sua crença. Porque se ele ainda não acredita no digital este é o momento de o fazer acreditar. Temos um trabalho de reestruturação desse conhecimento, das bases científicas da medicina dentária. Por exemplo, nós criámos um gadget, que chamamos de UNIX planner, que é um guia da reabilitação oral. Com cinco passos, reabilitamos qualquer caso e essa validação é científica. Ao falar de validação científica, podemos falar então do método UNIX planner…
Tínhamos de ter um métodosimplificado que facilitasse a vida do coleganainterpretação do diagnóstico, natransição da informação dessa construçãoaotécnico e naresposta do paciente. Para isso, criámos o UNIX planner (um tutorial físico), cujonomederivou do UNIX Pro (facebow), um equipamento a partir do qual conseguimosterreferências do paciente. Enviamosaotécnico um pack de informações com oscincoprincípios: dimensão vertical, referênciasestéticas, corredorbucal, perfil labial e plano oclusal, que é umareferênciaanatómica que ligatrêspontos: condutoauditivodireito, espinha nasal e condutoauditivoesquerdo. Estes trêspontosinterligadossãoreferenciadoscomo Plano de Camper, que no nossométodoserácaptadoatravés do UNIX pro com o auxílio do scanner intraoral. O UNIX planner é um tutorial de compreensão simples, intuitiva e objetiva. Um bomexemplo: podemosmostrar num casoclínico de um protocolo bi-maxilar, em que o pack (cincopassos) de informações para a futuraprótese é captado no momentoapós a cirurgia. Enviados de forma digital aolaboratório, e quatro horas depois, o mesmoenviar-nos-á duas prótesesprovisóriasimpressas com um acerto de 95% no aspeto da função e do sorriso. A partirdaí, passado o tempo de osseointegração, sendoassim o nossoponto de partida para a reabilitação final, estácompleto.
A OralPlan também nos fala de conforto e satisfação. Qual é a “estrela-guia” da OralPlan?
Estratégia do negócio na medicina dentária. Pois, num universo em que a vertente empresarial não faz parte da formação do médico, ultrapassar o desafio do académico para o empresário até ao empreendedor, é um caminho solitário para todos. Esta foi uma escolha dura, mas importante, que eu trilhei com muita formação empresarial e de marketing, com muitos brainstormings e muita ajuda de colegas e profissionais, dos quais cito dois nomes importantes para mim: o meu colega Dr. Dárcio Fonseca (Beclinique) e o meu sócio Ricardo Alves (Scan4You Laboratório Digital de Próteses Dentárias). Posso dizer que a nossa cultura assenta num forte compromisso com o conhecimento técnico, mas com uma grande envolvência financeira e empresarial à volta. Desde a rececionista à assistente, todos têm de ter esta consciência. Há a hora certa de falar de dinheiro, mas todos nós somos vendedores da qualidade do nosso trabalho. Dentro de uma equipa clínica existem intervenientes diretos (médicos) e indiretos (staff) que necessitam gerir um ambiente de consulta, tanto de forma técnica como de forma administrativa. Para tal, ter uma equipa treinada é fundamental, já que hoje estamos rodeados de softwares, gadgets e necessidades de integração de informações que nos darão o horizonte correto na gestão do plano de tratamento do paciente bem como a gestão clínica num verdadeiro negócio, pois a comunicação é um dos grandes gaps em todas as nossas atividades, gerando muitas vezes ruídos. Desta forma, a nossa solução nasceu em 2016 com o desenvolvimento interno do nosso software de gestão e análise de dados (keme solution e integra - Euler Faria), que unificou num só local muitas das nossas informações com dados diários atualizados e credíveis, a que todos os departamentos têm acesso em tempo real.
O plano de rede de clínicas para 2025 é demasiado ambicioso. É para manter?
É para manter. Se tudo correr bem, até o final deste ano, ou no máximo janeiro, temos mais uma unidade. Já só estamos a ajustar negociações com o local, porque uma das minhas premissas para a clínica é a validação do local. Temos de ter um estudo do mercado, do ambiente, porque isto conduz ao crescimento. Se não tivermos estacionamento, o negócio não cresce. Ter o conforto de estacionar gera desenvolvimento e oportunidade no negócio. Queremos ter um crescimento lógico e mais sustentável, de forma que possamos afinar toda essa sequência e possamos estar, realmente, a fazer a diferença, seja no marketing, no desenvolvimento técnico dos colegas ou na reciclagem do conhecimento técnico.
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