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“A White Clinic é um laboratório do futuro”

Miguel Stanley, médico dentista, fundador e diretor clínico da White Clinic.

ter. 17 dezembro 2024

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O Dr. Miguel Stanley, médico dentista, fundador e diretor clínico da White Clinic, é um dos médicos dentistas portugueses com mais palestras e conferências internacionais. Ser palestrante fora de portas é, para si, uma honra e orgulho, por ver que o esforço diário no investimento profissional e na sua clínica é recompensado.  

Dr. Miguel, é um dos médicos dentistas portugueses com mais palestras e conferências internacionais. O que tem contribuído para este sucesso fora de Portugal? Por que é que o procuram tanto?  

É verdade. Há já um histórico longo de quase 20 anos a palestrar. A minha primeira conferência internacional foi em 2004.  Felizmente, tenho o privilégio de ter relações com algumas das organizações líderes no mundo, que procuram sempre trazer alguma inovação e algum entretenimento aos seus eventos e que gostam sempre de ter speakers como eu, com muita experiência e que apostam na inovação constante. Acredito que o sucesso reside, principalmente aqui: sou reconhecido mundialmente, assim como a minha clínica, pela inovação e contribuição para o futuro da medicina dentária.
Outro aspeto importante é o facto de eu não vender nada. Quando vou dar uma conferência não vou lá para vender, vou lá para inspirar, para passar o meu testemunho real. E isso é o mais importante. Eu não vendo cursos, não vendo livros, não tenho ações em nenhuma empresa e isso é um ponto-chave. Para além disso, acho que a razão pela qual sou sempre convidado é porque faço as coisas com ética, faço as coisas bem feitas, acabo as minhas palestras a horas (risos) e procuro alinhar as minhas palestras com as dos outros palestrantes. Faço questão sempre de fazer o meu trabalho de casa e perceber quem são os outros palestrantes, para tentar criar um fio condutor entre as palestras, porque as palestras não são só para dar informação, servem também para inspirar, entreter e dinamizar. Portanto, tem de haver algum storytelling. E as pessoas têm de sentir que valeu a pena pagar o bilhete, viajar até o evento, porque saíram de lá com uma memória e acredito que isso tem acontecido nas minhas palestras. E basta ver que estou consistentemente nos eventos internacionais há 20 anos. Acho que é uma obra e tenho muito orgulho nisso. 

Falou no sucesso da sua clínica. Considera então que no estrangeiro veem isso? Reconhecem a White Clinic como uma clínica inovadora e de vanguarda? 

Claramente. Aliás, as minhas palestras têm que ver com aquilo que fazemos diariamente na White Clinic. Sempre que sou convidado tenho uma base sólida de evidências clínicas, de novas tecnologias testadas que funcionam. Os organizadores dos eventos têm de pagar e procuram sempre ter a certeza de que este investimento é seguro. Geralmente, fazem entrevistas a organizações prévias e aos seus líderes e perguntam qual é o feedback sobre essas organizações. E sinto-me bem por saber que o feedback à minha clínica e à minha equipa é consistente e tem sido sempre positivo.  Faço um enorme investimento diário em mim, na minha equipa, e na minha clínica para que possamos estar na vanguarda e para que possamos exercer a melhor medicina dentária. Procuramos documentar todos os protocolos inovadores que fazemos na White Clinic, fundamentados na ciência e na evidência clínica. Trabalhamos com os nossos parceiros na indústria para ter a certeza de que, cada vez que vamos dar uma conferência, apresentamos algo verdadeiro e fundamentado, sem pensar em marketing, mas sim na evidência clínica. E o que é que isso significa? A White Clinic é um laboratório do futuro. Não é apenas uma clínica dentária e tem sido parte da minha visão desde que criei a clínica, em 1999, ter sempre a melhor versão da medicina dentária. Tem sido um grande sacrifício e um grande investimento, mas sinto-me orgulhoso por saber que valeu e vale a pena. Todos os anos investimos em pessoas, em novas técnicas, tecnologias e materiais, e estamos muito atentos àquilo que vai entrar no mercado. Procuramos estar sempre na vanguarda da medicina dentária, talvez por isso, sejamos um centro dentário líder no mundo e muito reconhecido. Nesse sentido, é fácil escolher a White Clinic como exemplo.  

Curiosamente, em Portugal participa em poucos eventos. Pode-se estabelecer aqui alguma comparação entre Portugal e outros países? 

Sim, é verdade. E aproveito para dizer que adorava participar mais em eventos portugueses e dar aulas em faculdades portuguesas. Estou aberto a qualquer convite para o fazer. Agora com 52 anos de idade, gostava de poder ajudar mais e contribuir mais com aquilo que tenho aprendido lá fora, cá em Portugal. Isso sim, é um grande sonho meu, poder contribuir mais para a medicina dentária portuguesa. Mas, realmente, acho que Portugal é um case study. Temos alguns dos dentistas mais incríveis do mundo. Há uma nova geração de colegas com 35, 40 anos de idade a fazerem coisas incríveis e temos alguns séniores que estão desde sempre a contribuir para o impacto da medicina dentária a nível global. Acredito que é um mercado incrivelmente agressivo e difícil. Temos uma população com pouco acesso à medicina dentária e em contrapartida temos um mercado incrivelmente concorrencial. Temos um mercado bastante difícil e o futuro da medicina dentária portuguesa é também difícil. Algo tem de mudar. Temos a entrada dos grandes grupos, que pode ser uma coisa muito positiva para colmatar um pouco a falta de acesso das famílias à medicina dentária, mas o facto é que Portugal não é um país rico e a medicina dentária é cara. E há uma incrível concorrência no mercado laboral em Portugal. Além disso, há muitos médicos dentistas para a dimensão do país. Essa é também uma diferença comparativamente ao estrangeiro. Contudo, e falando especificamente sobre a pouca participação em eventos portugueses não tenho uma explicação para isso.  

Leia a entrevista completa na nova edição do Dental Tribune Portugal.

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